Sapeando pela internet, dou de cara com a iniciativa "DIYbio" (Do-it-yourself biologist) que visa, como o nome indica, fomentar o biólogo que existe dentro de cada um de nós. Já tinha ouvido falar da iniciativa em uma artigo na Nature há vários anos com o sugestivo título de "garage biotech". A ideia, certamente nobre, é capacitar o cidadão comum a desenvolver projetos relacionados à biologia e à biotecnologia. Por exemplo, há várias iniciativas no mundo todo criando "community labs", onde alunos e cidadãos tem a oportunidade de vivenciar um ambiente de laboratório. As implicações são enormes tanto para o empreendedorismo em biotecnologia como para educação científica.
Além dos links acima, sugiro mais dois:
- artigo na Forbes. Um outro nome dado a este tipo de iniciativa é "Citizen Science".
- página da Scientific American.
Imagino o que os governos e seus receios antiterroristas pensam disso.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
sábado, 8 de novembro de 2014
Para continuar rindo
Mais um "cartoon" sobre criacionismo. Este foi publicado no Boston Globe e
é de autoria do Willey Miller. Ele ironiza o argumento dos criacionistas de que
a evolução "..is just a theory".
domingo, 2 de novembro de 2014
Um basta ao design inteligente!
Em uma democracia, qualquer grupo de pessoas pode se reunir para discutir o que bem entender. Sendo assim, o grupo que organiza o Primeiro Congresso Brasileiro do Design Inteligente (em Campinas de 14-16 de Novembro) tem todo o direito de fazê-lo. O preocupante é que haja um grupo de pessoas que acredita nesta bobagem do design inteligente, principalmente entre acadêmicos e "cientistas" (coloco entre aspas porque é difícil acreditar que um cientista bem informado coloque-se dentro desse grupo - a verdadeira motivação desse pessoal é ideológica - leia-se religião!!). Lembremos: esse pessoal quer tirar o evolucionismo das aulas de ciências e colocar essa pseudociência chamada de design inteligente - a versão moderna do criacionismo.
Na programação do evento consta uma assembleia de fundação da sociedade brasileira do design inteligente. Mais preocupante ainda é a presença de vários professores de universidades brasileiras como Unicamp, UFAM, UNB, entre outras. Quase todos são químicos e aí imagino haver uma influência de Marcos Eberlin, professor da Unicamp e notório defensor do design inteligente.
O evento conta com mais de 30 patrocinadores (o que mostra o potencial de mobilização desse pessoal). Felizmente não há nenhum órgão governamental entre os financiadores mas há várias empresas de peso na área de insumos e equipamentos, entre elas: Life Technologies, Sigma-Aldrich, Waters e Agilent Technologies. Me pergunto se estas companhias têm ideia de que estão associando os seus nomes à pseudociência do design inteligente.
Alertarei os meus contatos nessas empresas. E mais: pensarei duas vezes antes de comprar qualquer produto das mesmas.
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