terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Eu sou um parasita

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A "The New England Journal of Medicine" é uma das principais revistas médicas há décadas. Pois bem, no editorial do seu número de 21 de Janeiro, Dan L. Longo (deputy editor) e Jeffrey M. Drazen (editor-in-chief) deram o famoso "tiro-no-pé". O assunto era compartilhamento de dados e tudo ia bem até o parágrafo abaixo:

"A second concern held by some is that a new class of research person will emerge — people who had nothing to do with the design and execution of the study but use another group’s data for their own ends, possibly stealing from the research productivity planned by the data gatherers, or even use the data to try to disprove what the original investigators had posited. There is concern among some front-line researchers that the system will be taken over by what some researchers have characterized as “research parasites.”"

 Os editores chamaram aqueles que usam os dados compartilhados de "parasitas". Ou seja, segundo eles, eu sou um parasita, assim como a maioria dos cientistas, especialmente os bioinformatas. Talvez eles não se lembrem, mas é justamente através do uso compartilhado de dados que a ciência caminha. A reação da comunidade, como esperada, não foi amistosa. Criaram até uma hashtag "#Iamaresearchparasite".  O editor-in-chief Jeffrey Drazen teve várias oportunidades de desculpar-se mas preferiu insistir no erro. À revista Science, ele disse que os cientistas deveriam colaborar com os grupos que geraram os dados.

Caso você esteja interessado na vaga de editor-in-chief de uma grande revista médica, fique atento.....uma vaga deve estar disponível logo, logo.

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