terça-feira, 1 de julho de 2014

Golaço da Inglaterra



Eu sei...a Inglaterra já foi para a casa na Copa do Mundo mas aqui eu me refiro a um jogo bem mais importante. O governo inglês* proibiu o ensino do criacionismo como alternativa ao evolucionismo.
Para aqueles que não sabem, sou um crítico ferrenho do ensino de criacionismo em aulas de ciência. Mais detalhes no meu livro "A Goleada de Darwin". 

Pois bem, nos últimos 10 anos houve um crescimento considerável do criacionismo no Reino Unido (o crescimento é global mas particularmente importante nas ilhas britânicas). O governo britânico saiu do muro e tomou uma posição firme em relação a esse absurdo de se ensinar uma pseudociência em aulas de ciência.

Aqui uma pequena parte do texto (em inglês):

"[A]ny doctrine or theory which holds that natural biological processes cannot account for the history, diversity, and complexity of life on earth and therefore rejects the scientific theory of evolution. The parties acknowledge that creationism, in this sense, is rejected by most mainstream churches and religious traditions, including the major providers of state funded schools such as the [Anglican] [Catholic] Churches, as well as the scientific community. It does not accord with the scientific consensus or the very large body of established scientific evidence; nor does it accurately and consistently employ the scientific method, and as such it should not be presented to pupils at the Academy as a scientific theory."

Uma outra parte do texto toca em um ponto que eu tenho insistido ao longo dos anos. Eu não vejo problema que o criacionismo seja discutido em aulas de religião (ou filosofia) mas nunca como ciência. Vejam abaixo:

"...not prevent discussion of beliefs about the origins of the Earth and living things, such as creationism, in Religious Education, as long as it is not presented as a valid alternative to established scientific theory. "

Que outros governos tomem coragem e saiam de cima do muro.

* Na verdade a proibição vale para todo o Reino Unido mas eu não queria perder a piada.

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